sábado, 7 de abril de 2012

vários 'Chegas'

E eu só tenho de parar de me achar especial demais.... de crer que essa bagunça que eu fiz dentro da minha cabeça é bonito, é poético. Sabe, no final, eu acabo sendo apenas uma menina de 19 anos que se recusa  a viver a realidade. Basicamente isso, nada poético, não? Eu me pego me imaginando em filmes, em décadas totalmente diferentes, e se eu era indiferente a essa viagem antes... hoje, dia 01/04/2012, eu digo que tudo tem um fim e se eu quero continuar com a cabeça fodida tudo bem, mas que a partir do hoje vai ser diferente. Se antes eu me permitia sonhar com o impossível, a parir de hoje eu só me permito conhecer e me aprofundar no mesmo.Vamor ler mais, sentir mais e tudo mais.Ah, e chega  também de tentar achar a metade que falta... porque não falta, não falta, isso é apenas besteira.

Mama.

Ontem eu tive que ficar na faculdade até tarde da noite. E na volta... eu senti.Sei lá o quê, mas parei de querer sentir e entendi um bocado de coisa, que agora eu já devo ter esquecido.Mas então... Cheguei em casa e, jantando, prestei atenção no retrato do, já falecido, filho da dona da minha pensão.E eu fiquei a imaginar o quanto sofrido deve ser... quantas vezes ela já acordou e o procurou pela casa, coisas assim. Doeu por ela, e doeu pela minha mãe, que tá lá em casa sozinha. Ah, Jesus, o quê que acontece comigo? Por que eu abandono as pessoas que mais me amam e me jogo assim atrás de sei lá o quê? Não sei, viu, eu só sei que bateu o arrependimento, vontade de fazer as malas e voltar, voltar pro único lugar no mundo que é verdadeiramente meu... Mas foi escolha minha e agora há muita em coisa em jogo pra simplesmente dar as costas. Mas cada um com a sua cruz, né?A Dona Cidinha com a de ter de aceitar que o seu amado Deus levou o seu mais próximo filho,a minha mãe com a de que eu escolhi, que eu saí por pura vontade, que eu nos forcei a essa situação de nos ver apenas duas vezes no ano e eu com a de que, provavelmente, nada vai ser como antes (mas nada nunca é...). Mãe, que saudades.


sexta-feira, 6 de abril de 2012

da minha irmã

Sabe aquela pessoa que cê, quando criança, olha e pensa:  "Poxa, quero ser bem assim quando eu crescer"... poisé, durantes muitos anos eu tinha a minha irmã como modelo.Hoje, não mais e eu queria falar sobre isso, ver onde vai levar. Ela me parecia meio inabalável, quando pequenas, sabe,meio sintonizada em outro mundo, talvez por causa dos muitos livros que ela vivia a ler. Uma beleza de se ver. Com a leitura ela continua, já o ar superior apagou-se. Hoje em dia ela só parece muito humana...Já chorou por homem, já gritou com os meus pais, já agiu como eu, a caçula...E a quem eu devo culpar por ter levado o meu ídolo far away? O destino? Que machucou demais aquela menina magrinha de grandes olhos azuis? A ela? Por ter esquecido que quando pequena não chorava nem quando apanhava?  Eu não sei. Acho que no íntimo culpo os dois. O destino por ter feito todas as lágrimas guardadas serem gastas por um idiota qualquer e ela por gostar do tal idiota. E assim, chorando assim, magoando-se assim, ela só parece muito eu. E agora eu me perco em modelos... em diversas personalidades diferentes, sem saber direito qual seguir. Assisti a uma reportagem do Damien ontem e ele comentava sobre Ser, sobre Ser agora, sabe, sem esperar nem um minuto a mais. E eu queria tanto, sabe, parar de falar sobre ser e simplesmente ir lá... seja pra onde for. Mas eu ainda tenho coisas a fazer, sabe, manias feias a perder... se eu simplesmente decidisse hoje não me importar mais com os outros e seguir... eu acho que não seria uma coisa nada agradável de se ver, se eu me livrar dessa vontade de ser diferente, de ser uma pessoa melhor e só SER, não seria poético, e não por isso,  mas não seria, não seria bom, não iria condizer com as músicas do próprio Damien. Eu só preciso de mais um tempo, sabe, e eu tenho melhorado, aos poucos. E antes de terminar o post eu perco mais um ídolo, Damien, why? Por quê? Ele prega o amor à vida, o amor à natureza e a tudo que isso possa englobar e bebe e fuma? Não que eu seja contra, mas vindo de uma pessoa que diz que as pessoas só dão valor à vida quando a perdem, ele- agindo assim- só me parece querer esquecer da sua.Eu não sei, eu vou dormir.

sexta-feira, 30 de março de 2012

santa burrice

Eu tenho uma prova fodidaça amanhã e me pego fuçando no facebook,  twitter alheio... Velho, qual é o meu problema? Sério! Eu só queria arrancar de mim essa esperança de que as coisas vão dar certo. Porra, mas que porra. E a raiva é de mim mesma, sabe, porque eu acho que estupidez tem limite e eu não estou respeitando-o. E tentando explicar... o menino é um merda, toda vez que cê ficou com ele cê percebeu que não tinha nadaaaaaaaaaaa a ver, (que mais?), o menino viaja e volta apaixonado por uma guria que é a cara da ex, só que com cabelo diferente (ou seja, cê não é o tipo dele nem de longe), ele termina, cê espera ele aparecer  (sabe, só aparecer) e ele não aparece (mais de um mês)... e o quê que cê faz?Você eu não sei... mas eu vejo uma frase do menino (uma única frase, com um só período)  e apago todas as merdas anteriores. E o pior é que a frase não era pra mim, sabe, foi escrita dois anos antes deu conhecer a criatura.Só que na minha cabeça doente pareceu meio coisa de destino, meio parecido demais com as merdas que eu escrevo por aqui. Daí eu me pergunto "Quando eu vou parar de ser tão burra?". Sinceramente, eu já tou cansada dessa palhaçada e se é bonito esperar por alguém... Foda-se! Eu só queria me convencer de que tal pessoa não existe e seguir com a vida, secamente. Eu só queria isso ou que a pessoa aparecesse de vez, agora, antes de completar 19:15. Vou no mercantil, atrás de uma barra e se a pessoa  não me aparecer no caminho... bem, eu vou comer sozinha-com muito gosto- e essa história de amor vai pra caixinha de mentiras, junto com o papai-noel e tudo mais.

Imaturidade até umas horas...

E o ar de confissão não existe mais. Existem leitores agora. Um, ao menos. Ê lucas! \o\
Não se trata mais de um diário digitalizado, mas sim de uma página como zizizi-lhões de outras por aí e se isso não tira todo os sentido... perde o encanto, no mínimo.Acho que vou ter que rever uns conceitos por aqui, ver se eu consigo lidar com a pressão de saber que alguém lê o que eu escrevo. Enfim, se o blog for abandonado... já se sabe o porquê.


sábado, 24 de março de 2012

...como um beijo.

Eu ando viciada em chocolate. Viciada mesmo, tipo, umas três barras por semana... e só não compro mais por me faltar poder aquisitivo. Nunca gostei de chocolate preto-só preto, então barra pra mim só Laka ou Sufflair Duo, mas como eu disse... ando sem dinheiro, então só Laka. Hoje tava aqui mexendo nos googles da vida com a barra do lado e prestei atenção na embalagem. Bem, tem uma frase bem grande "Gostoso como um beijo!" estampada na parte de trás.E eu me pergunto se é por isso. Se é por isso que eu tou comendo tanto,por falta de beijo,mas quando paro pra pensar... não me lembro de muitos beijos que me deram tamanho bem-estar, essa sensação gostosa que o chocolate derrentando na ponta da língua proporciona. Vai saber. Nem me lembro o que eu queria dizer ressaltando essa frase. Acho que eu só queria salientar que eu continuo sozinha e sem previsão de mudança do status. Acho mais... acho que é assim que é pra ser, que é melhor ficar sozinha desde o começo e aprender a ser só... que é melhor do que depender de companhias que não preenchem, apenas completam os dias.Coisa de gente velha.Por falar nisso acho que eu tou envelhecendo rápido demais, não falo de rugas ou cabelos brancos, mas da desilusão, da pouca adrenalina circulante, da morte das borboletas que viviam no estômago... disso tudo.O que é pior é que eu não ando amadurencendo, só entristecendo com o passar dos dias. Uma prova da minha ainda imaturidade; Antes de ontem passei pela rua de uma república que fica perto aqui de casa e acho que ouvi um dos meninos gritar que eu era feia... "Feia pra caralho". Continuei a andar, como eu sempre faço... somo eu aprendi a fazer desde os 11 anos. Chegando em casa olhei no espelho e não entendi o porquê do grito... não que eu seja bonita, mas a maquiagem do dia ainda tava lá e com esta eu acho/achava que eu ficava aceitável, que eu ficava na média. Bem, acho que me enganei. E mais uma vez eu quis ser forte e dizer 'que se foda', mas não fui... embora no começo eu tenha achado que sim, afinal lágrimas não caíram... mas não, eu não fui, eu voltei a pensar nas cirurgias, sabe. E entre pensamentos antagônicos eu volto  ser a menina de 15 anos ( só que mais triste, mais ressentida com a vida, sem os amores plantônicos e as baboseiras nos cantos de páginas) que planeja a vida baseada no tamanho do nariz e dos seios. E é triste voltar a estaca zero, é triste continuar imatura. Se algo mudou nesses 5 anos é que eu aprendi que é ínútil, inútil se trancar em casa e juntar os trocados até o dia que o médico irá quebrar todos os ossinhos que me fizeram assim, que me fizeram sofrer todas essas ofensas gratuitas e que fazer isso seria concordar com todos os idiotas que me maltrataram todo esse tempo.E mais uma vez... eu venho e penso que eu não quero concordar com eles, que eu não quero julgar as pessoas pelo físico e que eu não quero que elas façam o mesmo comigo ( é, talvez isso seja um sinal de amadurecimento), no entanto porque eu ainda separo o bonito do feio? Eu sei lá... acho que eu só queria parecer menos com eles... e se um nariz menor me desse isso eu não pensaria duas vezes. Mas não é por aí, não é? Eu só me assemelharia mais, não? E pra mudar essa feiúra interna não basta 6 mil na conta e um médico bom... não é? E eu me pergunto... como eu faço se os livros, os filmes e até as músicas me fazem almejar o bonito?Como eu deixo de ser nariguda por dentro um dia se o mesmo Moraes que escreveu:
 'De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.'
escreveu também:
'As feias que me perdoem, mas beleza é fundamental.' ? Enfim, eu acho que esse mundo e a minha cabeça tão fofidos mesmo. E eu só queria alguém pra dividir o meu chocolate. 
=~




terça-feira, 20 de março de 2012

tudo em minúscula

aconteceu merda. novidade, né? viver deve ser isso mesmo, uma sequência de merdas. tinha posto um alargador e me apareceu uma quelóide. o foda é que eu tava mó gostando, sabe. tipo, ele tava representando meio que uma ruptura pra mim, um jeito deu me assumir com as minhas criancices e gostos pré-adolescentes. enfim, deu merda, ou melhor, deu quelóide. e fazer algma coisa eu não posso... que o meu plano não cobre cirurgião nessa cidade abençoada que eu escolhi morar. enfim, viver com uma bola no lóbulo por uns meses, ou talvez, pra sempre... não pode ser de todo ruim, não é?e eu venho tentando achar o lado bom das coisas ou tentando ver que sempre poderia ser pior. sempre pode ser pior, não é? o lado positivo ou o alerta da merda da vez deve ser que eu tenho de aprender que todo ato tem consequência -boa ou ruim- e agora que eu já tenho quase 20 aninhos é bom medir bem antes de dar um passo. seja ele uma palavra de ofensa ou um cancelamento de matéria ou até viver em espera. mas eu não quero falar de amor hoje. não desse tipo. eu quero sentir mais, sabe. meu pai me xingou ontem no telefone ' que eu não era mais criança, que eu não podia me comparar a ele (ele tem uma tatuagem) e que em vez de fazer merda, eu vim pra cá pra estudar ' deu raiva, sabe, qual a relação? afinal, eu não gastei mais de 30 minutos pra pôr  o alargador, deu vontade de emburrar e pôr mais um... e se não fosse o quelóide eu provavelmente botaria. enfim, a questão é que, abrindo aspas e me permitindo ser uma criança mimada, o meu pai é um chato, que não consegue conversar comigo nem com a minha irmã sem nos recriminar... e eu não quero ser assim. e eu sei que ele é um bom pai, que ele trabalha e viaja 12 horas por semana pra nos encher de 'mimos', mas eu não quero ser vista assim pelos meus amigos ou pelos familiares, sabe, tipo, eu não quero que as pessoas me ponham na balança tentando achar qualidades que encubram os meus defeitos, as minha chatices. defeito eu sei que todo mundo tem e que é meio que o tempero de cada um, mas eu acho que sempre dá para polir-se, tentar deixar os espinhos menos perigosos ou retirar a redoma, vez ou outra, de modo  que as borboletas se aproximem.